quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Comissão do Centenário reúne juazeirenses e afilhados de Juazeiro em Fortaleza


Cerca de 50 pessoas, entre filhos de Juazeiro do Norte e juazeirenses de coração, ouviram uma explanação sobre os projetos em discussão que tratam da programação comemorativa aos 100 anos da cidade. A maioria ofereceu idéias e sugestões todas anotadas pelo secretário da comissão, Renato Dantas, e acompanhadas atentamente pelo prefeito Manoel Santana. Algumas, ele explicou que já estão em execução e outras fazem parte de um projeto global para o município.
O encontro foi no auditório do Hotel Sonata, em Fortaleza, e em parceria com a Afaj (Associação dos Filhos e Afilhados de Juazeiro) liderada pelo seu presidente Odival Limeira Lima. Coube ao Secretário de Turismo e Romarias, José Carlos dos Santos, expor o esboço dos eventos inicialmente previstos para as comemorações. “Vez por outra a gente escuta falar de centenários por aí, mas o de Juazeiro é algo diferente”, disse Ivan Bezerra, presidente do Conselho do Desenvolvimento Econômico do Ceará.
Dentre as sugestões apresentadas, Francisco Neri Filho deu a idéia da implantação de um teleférico ligando a Basílica de Nossa Senhora dos Dores à Colina do Horto e a publicação do discurso da independência feito pelo padre Alencar Peixoto “para que todos possam tomar conhecimento do seu conteúdo”. Na opinião de Odílio Figueiredo Filho devem ser demarcadas as valas construídas em 1914 para o movimento sedicioso que culminou com a deposição do governo de Franco Rabelo.
Algumas das sugestões apresentadas por Fausto Guimarães já fazem parte das intenções como a construção de portais nas entradas da cidade e da Praça do Centenário, além de contatos junto aos Correios para a edição de um selo comemorativo à data. Entretanto, foram anotadas idéias como a cunhagem de uma moeda igualmente comemorativa pela Casa da Moeda do Brasil e que todos os documentos oficiais emitidos em 2011 pelo município façam alusão ao Centenário.
Guimarães sugeriu ainda uma grande festa popular, gincana com tarefas relacionadas à história da cidade, bem como concursos de redação e a inclusão da história de Juazeiro no currículo escolar. Outras propostas foram a encenação de como ocorreu a emancipação, a citação do centenário nas certidões de casamento e nascimento emitidas em 2011 e a escolha, por voto popular, do juazeirense do primeiro século.
Para José Nildo Couto Bem, o prefeito deve promover uma limpeza geral na cidade pondo um fim na poluição visual, enquanto Francisco Carlos Pontes defendeu a promoção de um fórum de literatura. Já Carlos Alberto Almeida Marques sugeriu a urbanização da ladeira do Horto por ser importante atração turística da cidade, além de iluminação especial no Horto e alguns pontos importantes, O Coronel Francisco José de Lima colocou uma revista que edita à disposição da comissão.
O radialista Wilton Bezerra lembrou que o futebol dá visibilidade ao município citando o feito do Icasa que se encontra entre os 40 melhores do país. Ele defendeu o resgate da memória do futebol de Juazeiro por meio de um livro que fique como fonte de consulta. O presidente da Afaj julgou como importante o reflorestamento e a construção de um mirante monumental no Horto para a contemplação da estátua e da cidade, implantação de um centro de referência da cultura e despoluição do Salgadinho.
O ex-prefeito do Crato, José Miguel Soares, deu a idéia da promoção de um campeonato de magnitude regional em homenagem ao centenário, enquanto o radialista João Fernandes pediu a colocação de um número maior de placas indicativas das ruas e locais mais visitados tendo pequenas frases do Padre Cícero. Para Carlos Alencar deve haver o tombamento de diversos prédios históricos para impedir a destruição do patrimônio arquitetônico, incluindo o Colégio Salesianos.
Na opinião de Desidério Ferreira, não é possível mais continuar àquelas barracas na Rua São Paulo em frente ao mercado central. O prefeito Manoel Santana respondeu que está buscando uma solução para o assunto. Ele disse que pretende envolver um índice cada vez maior da população ao seu governo. Falou que os primeiros meses não foram fáceis com a redução de repasses e a crise mundial prevendo fechar o ano com volume menor de recursos da ordem de R$ 7 milhões em relação a 2008 quando poderia ter aumentado para combater a demanda reprimida que ele catalogou em torno de dois mil problemas a serem resolvidos entre pequenos e grandes. (Demontier Tenório)

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